Eu sei que finalidade deste blógue não é postar manifestos indignados, mas como eu estava muito inspirada resolvi escrever e não tô nem aí pra finalidade do blógue! uhauahauhauhauahuah
Feriado prolongado. Ele começa sexta, mas eu o fiz começar quarta!
E quando a gente começa algo antes do previsto, vários questionamentos nos surgem à mente – pelo menos comigo é assim. E esta quarta, que já é quinta, me fez pensar... e muito!
Basset. Este é o nome do lugar causador de tantos questionamentos. E pasmem, ir ao bar na quarta feira não me fez perder nenhuma aula!
Chegando lá encontrei família, amigos e amigos de amigos meus. Bebi sim, afinal de contas ir ao bar e não beber é como ir à pizzaria e pedir salada – algo inconstitucional! E bebendo refleti muito sobre minha semana, a semana que se passou.
Comecei a refletir sobre quarta, depois terça, segunda e assim sucessivamente. E comecei a refletir sobre quarta de noite mesmo, sobre aquele momento o qual estava presenciando. Como é interessante conhecer amigos de amigos dos amigos que são amigos de amigos meus! Você bebe um pouco, começa a conversar, descobre pontos em comum, bebe mais um pouco, dá risada, e continua bebendo. E saí do bar com a sensação de missão cumprida, com a sensação de “Parabéns, você conseguiu um novo amigo!”. Agradeço muito ao curso de Comunicação por me fazer tão comunicativa – sim, eu já fui tímida, muito tímida. Mas ao mesmo tempo em que agradeço fico com certo remorso deste curso – porquê eu não sei, mas a sinceridade que habita meu ser, este excesso de sinceridade, está me sufocando. Continuando minha saga no feriado antecipado, bebi, fiz amigos e saí feliz do bar! Mas indo pra casa os questionamentos surgiram à minha mente... por qual motivo a vida me parece perfeita? E de repente já não me parece mais? Quarta de tarde, revelações interessantes – interessantes para não dizer cretinas. Escutem todos: “Essa boneca tem manual!” Não queiram brincar com ela de forma indiscriminada, por que afinal de contas... sabe aquelas bonecas de porcelana? Então, sou mais ou menos por aí – mas com um toque a mais de pele, carne e osso. Não adianta querer brincar, não fui criada pra isso! Portanto, chega de palhaçada. Cansei.
De forma atemporal pulo para segunda feira. Segunda feira... revelações intrigantes! Como que alguém que sempre foi alguém já não é mais aquele alguém? Quem é aquela pessoa? Eu fico pensando... em que mundo vivemos?!?! Ei loco, que te passa? Eu já não sei dizer... Não julgo de forma negativa, acredito ser isso um distúrbio. E vamos tratar disso!
Domingo! Ahhhhh o domingo! Curitiba Rock Fight! E repito: “Hambúrguer só no pão Francês”! Domingo fiz uma das coisas que mais tenho gostado de fazer ultimamente: fui ao show dos Invasores! Invasores, Invasores, Invasores! \o/ Tietagem? Sim, gratuita e extrema! Voz pra quê? Pra gritar! Pernas pra quê? Pra pular! Cartaz pra quê? Só quem foi ao Porão no domingo pra entender o que levar um simples pedaço de cartolina com nove letras escritas de forma rápida pode fazer com um show.
*Cartolina branca : R$ 0.50
*Canetinha vermelha: R$ 1.00
*Cerveja: R$ 3.50
* Ter duas Invasetes gritando e pulando um show inteiro, segurando cartazes: NÃO TEM PREÇO!
E novamente meu excesso de sinceridade teve seus dois lados: o bom e o ruim. Fico com o bom, deixo o ruim de lado... a vida continua e não me arrependo de nada do que fiz até hoje! E o bom... ahhhh o bom! Creio que ninguém, mas ninguém mesmo saberá qual foi esse lado bom da minha sinceridade de domingo, creio que todos pensarão em algo que não é o que eu quero dizer. Mas eu não quero dizer! Então fiquem na curiosidade... Em suma digo uma coisa, que na verdade é a coisa: INVASETES APAVORAM! E tenho dito!
Sábado. Putz, o sábado! Bom, muito bom! Mas também é um motivo crucial pra você estar lendo este compilado de momentos!
Sábado de manhã pensei comigo: poxa, finalmente vou chegar no horário na UFPR! Mas baby, eu não sabia que não haveria a primeira aula – fiquei esperando das 8 às 10, sem ter o que fazer, para poder assistir a segunda aula. E por que eu fiquei pra segunda aula? Eu estava com sono, queria dormir, tinha um longo e delicioso fim de semana pela frente. O que eu fiquei fazendo na federal? Ahhh sim, eu tinha um trabalho pra apresentar na segunda aula! Foi isso que fiquei fazendo na federal. Mas, como diria o narrador da famosa história de Joseph Climber, “A vida é uma caixinha de surpresas”. E pasmem senhoras e senhores, eu não apresentei o trabalho – ou seja, ainda me pergunto o que eu fiquei fazendo na federal! Desta séria e rígida universidade saí e, como combinado, fui pra casa da minha prima, afinal de contas eu precisava almoçar, fofocar e ir de tarde ao “Pulgashouserockfest”. Mas de forma não surpreendente a festa não aconteceu – neste sábado eu não duvidava de mais nada. Fazer o que? Dormir! E como eu precisava! Acordei pro jogo do meu Verdão! E que jogo... jogo... jogo... PUTA QUE PARIU, meu time perdeu. Mas fazer o que, continua líder e amanhã tem jogo de novo – jogo no qual irei pra apoiar um dos maiores amores da minha vida: CORITIBA FOOT BALL CLUB! E meu amor é tão grande que mesmo depois da derrota saí com a camisa do meu amado time, ostentando-a frente à multidão que olhava indignada. E neste sábado, dia 6 de outubro de 2007, senti-me envergonhada por ser Curitibana, por ser Brasileira, por poder pensar. Acho que se eu fosse, sei lá, uma gata, uma peixinha, uma girafa... qualquer bicho que fosse, será que eu seria mais feliz? Por que sinceramente, sábado o direito que tenho de pensar e reagir a situações me foi tão inútil que não sei o que fazer da vida. Entro no biarticulado, aquele maldito “Santa Cândida-Capão Raso” que pego todos os dias, e felizmente encontro um lugarzinho ao sol, um lugar para acomodar meu corpinho e descansar durante a longa viagem Portão-Barreirinha. Eis que pois, se não quando, chega o tubo da praça Oswaldo Cruz, e lá entram mais ou menos dez indivíduos trajados com o uniforme da torcida – se é que se pode chamar de torcida aquela reunião de vândalos – do time lá de baixo. E com um ar muito ignorante estes indivíduos – INDIVÍDUOS? Será que eu posso chamar esse tipo de, sei lá, construção de matéria viva de indivíduo? – começam a falar coisas que jamais imaginei ouvir. Por baixo eles quase arrancaram minha camisa – segundo eles a minha “sorte” era que minha camisa era do Coxa, por que se fosse da Império eles arrancariam e me deixariam apenas de trajes íntimos (obviamente eles não utilizaram este linguajar, mas me recuso a repetir aquelas porcas palavras). Senti-me humilhada, tive que calar minha voz para não ser espancada por aquela corja. Saí fugida do ônibus, esperei outro e quando chego ao terminal do Cabral aqueles desgraçados me esperavam na plataforma – sorte minha, realmente, que por ajuda de Deus minha prima estava comigo (Obrigada Lu! Amo você) e tivemos presença de espírito o suficiente para saber como fugir daqueles seres sem uma definida denominação. Fui para casa pensando no que poderia ter ocorrido se eu estivesse sozinha no ônibus, fiquei pensando em como aquele tipo de gente é baixa – por que afirmo, com todas as letras, que aqueles não eram torcedores. Torcedor que é torcedor realmente torce pelo time, vai ao estádio e convive com a rivalidade saudável que existe entre oponentes, mas não pratica atos de vandalismo por estar trajado com qualquer coisa que identifique o time que diz ser “do coração”.
Mas entre trancos e barrancos consegui aproveitar minha noite de sábado a base de muita água mineral sem gelo – a garganta? Graças a Deus está melhor!
Uma hora e meia escrevendo. Direto. Sinto-me aliviada, em partes. Espero que quem teve a paciência de ler até aqui entenda minha posição... esse feriado que começou na quarta, mas na realidade já estava rolando desde sábado, foi complicado e deu um nó na minha cabeça.
Mas a vida continua! Obrigada a todos que fazem parte dela, que já fizeram, que estão aparecendo aos poucos e que ainda vão surgir!
Encerro com uma frase que amanhã direi muito, visto que ela me motivou a escrever toda essa história: COXA, EU TE AMO!